Auto da Compadecida 2: por que a sequência levou 24 anos para acontecer? – Alpha FM

Esta, sem sombra de dúvidas, é uma das sequências mais aguardadas dentro do cinema brasileiro. “Auto da Compadecida”, do diretor Guel Arraes, marcou os anos 2000, com o humor pitoresco do escritor Ariano Suassuna. Contudo, com a onda de franquias dos últimos anos, ainda assim levou 24 anos para o lançamento acontecer. Por quê?

Durante a CCXP 23, o diretor do longa-metragem comentou sobre a responsabilidade de trazer os personagens Chicó e João Grilo novamente para as telonas. Em entrevista à CNN, Arraes comentou o seguinte: “É muito comum, no cinema, ter as continuações. “Homem-aranha” e tal. Mas, aqui, a diferença, a responsabilidade que a gente sentiu é de estar dando continuação a uma história clássica. É como pegar ‘O Avarento’, de Molière, e fazer O Avarento 2. [É como fazer] Hamelet 2, do Shakespeare”.

A ideia de “Auto da Compadecida 2”, ademais, não é ser um remake do original, e sim trazer informações novas para o público.

Sobre Auto da Compadecida 2

“Não sei. Só sei que foi assim”. Esta, sem sombra de dúvidas, é uma das frases que o ator e cineasta Selton Mello mais escutou durante toda a sua vida. Isto porque a sua atuação em O Auto da Compadecida é também uma das mais lembradas de toda a sua carreira. Agora, ele retorna para o papel de Chicó, 24 anos após o lançamento do filme baseado na obra de Ariano Suassuna.

O teaser, por exemplo, mostra os dois protagonistas se reencontrando após anos. Temos alguns vislumbres também de cenas que fazem referência ao primeiro longa-metragem. Outra grande novidade é que o papel de Nossa Senhora Aparecida ficou com Taís Araujo, ao invés de Fernanda Montenegro.

Pelo tom das primeiras imagens, vamos continuar acompanhando as aventuras de Chicó e João Grilo no interior da Paraíba. Ademais, segundo o ator Lisbela e o Prisioneiro: “Fazer o Chicó de novo é uma emoção gigante, que nunca imaginei reviver. Nosso time é de craques, faremos ‘O Auto 2’ à altura da grandeza do nosso filme do peito e celebrando a memória de Ariano Suassuna. O Brasil esperava e merecia este presente”.