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quinta-feira, maio 8, 2025
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Dia das Mães 2025: livros que falam sobre maternidade | Alpha FM

O Dia das Mães é uma ocasião especial para homenagear aquelas que desempenham o papel fundamental de cuidar, educar e amar incondicionalmente. Neste 2025, que tal presentear com histórias que exploram as diversas facetas da maternidade? Seja para oferecer a uma mãe querida ou para refletir sobre as complexidades desse vínculo, os livros são companheiros ideais.

Hoje, reunimos uma seleção de obras que abordam a maternidade sob diferentes perspectivas — desde relatos autobiográficos até ficções que retratam os desafios e as alegrias de ser mãe. Prepare-se para mergulhar em narrativas que emocionam, inspiram e provocam reflexões profundas sobre o universo materno.

“A filha perdida” – Elena Ferrante

A FILHA PERDIDA - FERRANTE, ELENA | Livraria Martins Fontes

A Filha Perdida, de Elena Ferrante, é um romance que mergulha nas complexidades da maternidade, identidade feminina e os conflitos internos que permeiam a vida de uma mulher. A narrativa acompanha Leda, uma professora universitária de meia-idade, que decide tirar férias sozinha em uma cidade litorânea. Durante sua estadia, ela observa uma família que a faz relembrar de sua própria experiência como mãe, desencadeando uma série de reflexões e memórias.

O livro explora temas como o abandono, a culpa e a liberdade, apresentando uma protagonista que desafia os estereótipos tradicionais da maternidade. A escrita de Ferrante é conhecida por sua profundidade psicológica e honestidade brutal, oferecendo uma visão sincera e, por vezes, desconfortável sobre os dilemas enfrentados pelas mulheres.

A Filha Perdida foi adaptado para o cinema em 2021, com direção de Maggie Gyllenhaal e atuações de Olivia Colman e Dakota Johnson, recebendo aclamação da crítica e diversas indicações a prêmios. A obra é uma leitura recomendada para quem busca uma narrativa intensa e provocativa sobre os desafios da condição feminina.

 

“Você nunca mais vai ficar sozinha” – Tati Bernardi

Você nunca mais vai ficar sozinha | Amazon.com.br

“Você Nunca Mais Vai Ficar Sozinha”, de Tati Bernardi, é um romance que mergulha nas complexidades da maternidade, identidade feminina e os conflitos internos que permeiam a vida de uma mulher. A narrativa acompanha Karine, uma roteirista de 35 anos que, ao descobrir estar grávida, inicia uma jornada de autoconhecimento e reflexão sobre sua relação com a mãe e os desafios da maternidade.

A trama se desenrola por meio de monólogos de Karine com sua enfermeira durante os exames pré-natais, revelando suas neuroses, medos e expectativas. Com uma escrita ágil e inteligente, Bernardi aborda temas como a busca por sucesso, as pressões sociais e a desromantização da maternidade, oferecendo uma visão sincera e, por vezes, desconfortável sobre os dilemas enfrentados pelas mulheres.

Publicada pela Companhia das Letras em 2020, a obra é uma leitura recomendada para quem busca uma narrativa intensa e provocativa sobre os desafios da condição feminina.

“Uma mulher” – Annie Ernaux

Uma Mulher (Sortido)

“Uma Mulher”, de Annie Ernaux, é uma obra que mergulha profundamente na relação entre mãe e filha, explorando as complexidades do luto, da memória e das transformações sociais. Publicado originalmente em 1988 e lançado no Brasil pela editora Fósforo em 2024, o livro é um exemplo da escrita autossociobiográfica da autora, que combina elementos autobiográficos com análises sociais e históricas.

A narrativa se inicia treze dias após a morte da mãe de Ernaux, ocorrida em 7 de abril de 1986. Ao longo de dez meses, a autora constrói um retrato íntimo e sóbrio de sua mãe, uma mulher que, desde os doze anos, trabalhou como operária e, mais tarde, administrou um café-mercearia com o marido. Mesmo com poucas oportunidades educacionais, ela incentivou os estudos da filha, buscando para ela uma vida diferente da sua.

Ernaux descreve com precisão os gestos, expressões e a vivacidade da mãe, mesmo nos momentos finais de sua vida, quando já estava acometida pelo Alzheimer. A autora reflete sobre a distância que a ascensão social criou entre elas, especialmente quando a mãe, já viúva, vai viver com Ernaux e seus netos.

“Uma Mulher” é uma leitura essencial para quem busca compreender as nuances das relações familiares e as transformações sociais vividas por mulheres ao longo do século XX.

“Extraordinário”, de R. J. Palacio

Extraordinário | Amazon.com.br

Extraordinário, de R. J. Palacio, é um romance infantojuvenil que narra a comovente história de August Pullman, um menino de dez anos com uma síndrome genética rara que resultou em uma deformidade facial. Após anos sendo educado em casa devido a inúmeras cirurgias, Auggie enfrenta o desafio de frequentar uma escola regular pela primeira vez, ingressando no quinto ano do ensino fundamental.

A narrativa é apresentada sob múltiplas perspectivas, incluindo a de sua mãe, proporcionando uma visão abrangente dos impactos de sua condição na vida de todos ao seu redor. Essa abordagem enriquece a trama, permitindo que o leitor compreenda as diversas facetas das relações humanas e os desafios enfrentados por aqueles que são considerados diferentes.

Publicado no Brasil pela editora Intrínseca, o livro aborda temas como empatia, amizade, bullying e aceitação, incentivando os leitores a refletirem sobre a importância de enxergar além das aparências. A obra conquistou leitores de todas as idades, tornando-se um best-seller e sendo adaptada para o cinema em 2017, com atuações de Jacob Tremblay, Julia Roberts e Owen Wilson.

A história de Auggie é um lembrete poderoso de que a verdadeira beleza está na forma como tratamos os outros e na coragem de sermos autênticos, mesmo diante das adversidades. Com uma escrita sensível e envolvente, R. J. Palacio criou uma narrativa que emociona e inspira, promovendo valores essenciais para a convivência em sociedade.

“Caderno proibido” de Alba de Céspedes

Caderno Proibido - Cespedes

“Caderno Proibido”, de Alba de Céspedes, é um romance que mergulha nas profundezas da psique feminina, explorando os dilemas existenciais e as restrições sociais enfrentadas por mulheres na Itália do pós-guerra. Publicado originalmente em 1952, o livro é considerado a obra-prima da autora ítalo-cubana, destacando-se por sua abordagem introspectiva e crítica social.

A narrativa é apresentada na forma de um diário íntimo escrito por Valeria Cossati, uma mulher de cerca de 40 anos, casada e mãe de dois filhos. Em um domingo de novembro de 1950, Valeria compra impulsivamente um caderno, mesmo sabendo que, naquele dia, os tabacarias só podiam vender artigos para fumantes. Esse ato aparentemente trivial marca o início de uma jornada de autodescoberta. Inicialmente, ela registra banalidades do cotidiano, mas, gradualmente, suas anotações revelam uma profunda insatisfação com sua vida doméstica e profissional, expondo o conformismo e as limitações impostas às mulheres de sua época.

O romance aborda temas como a identidade feminina, a opressão social e a busca por autonomia. A escrita de Céspedes é marcada por uma linguagem direta e introspectiva, que convida o leitor a refletir sobre as complexidades da condição humana e as estruturas sociais que moldam nossas vidas.

 

“A autobiografia da minha mãe” de Jamaica Kincaid

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“A Autobiografia da Minha Mãe”, de Jamaica Kincaid, é um romance que mergulha nas profundezas da identidade, maternidade e colonialismo, ambientado na ilha caribenha de Dominica. A narrativa é conduzida por Xuela Claudette Richardson, uma mulher que, ao longo de sua vida, confronta as complexidades de sua existência marcada pela perda, abandono e resistência.

A história começa com a morte de sua mãe no parto, evento que lança Xuela em uma jornada de autoconhecimento e sobrevivência. Criada por figuras que a veem como um fardo, ela desenvolve uma visão cínica e introspectiva do mundo, rejeitando as convenções sociais e buscando afirmar sua autonomia em uma sociedade moldada pelo colonialismo e patriarcado.

Kincaid utiliza uma linguagem poética e intensa para explorar temas como a ausência materna, a construção da identidade feminina e os efeitos duradouros do imperialismo. A protagonista, ao narrar sua vida, oferece uma crítica contundente às estruturas de poder que oprimem mulheres negras em contextos colonizados, destacando a luta por autodeterminação e liberdade.

“A Autobiografia da Minha Mãe” é uma obra que tem a proposta de desafiar o leitor a confrontar verdades desconfortáveis sobre história, raça e gênero. Famosa por sua linguagem poderosa e emotiva, Jamaica Kincaid solidifica seu lugar como uma voz essencial na literatura contemporânea, oferecendo uma perspectiva única sobre as experiências femininas no Caribe pós-colonial.

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Fonte: https://alphafm.com.br/agenda/dia-das-maes-2025-livros-que-falam-sobre-maternidade/

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