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Erykah Badu transcende em SP e dá ao público brasileiro africanidade que lhe é própria – Alpha FM


A cantora americana Erykah Badu, 53, abriu a série de três shows no Brasil com uma performance transcendental no Espaço Unimed, em São Paulo, nesta quarta-feira (6). A artista tem um sentimento da música e uma estética africanos, nos quais o xamanismo tem papel central. Neste ritual místico, o ritmo soul não poderia ter melhor tradução ao português: alma.

A noite começou com o show da brasileira Luedji Luna, 37, que adiantou a programação da festa: “música negra do Brasil e do mundo”. Luna ficou 50 minutos no palco e anunciou que aquele era o encerramento da turnê do álbum “Bom Mesmo É Estar Debaixo D’água Deluxe” (2022). Ela prometeu uma nova para 2025.

Em seguida, entrou uma DJ que ficaria mais tempo do que o desejável. A apresentação de Erykah Badu, inicialmente prevista para 22h00, começou às 22h35. Eryka, na verdade, só apareceu às 22h42, depois de alguns minutos de exibição instrumental de sua banda. Mas toda a demora foi recompensada e rapidamente.

Foi a cantora, quatro vezes vencedora do prêmio Grammy, pisar no palco que iniciou o processo de encantamento da plateia. De chapéu preto, substituto do antigo turbante, camiseta do rapper 2Pac e uma terceira peça de estilo afro por cima, a artista exalava estilo e poder. Aliás, em conceito de moda, Badu já tem reconhecimentos, inclusive neste ano como ícone de 2024 do Conselho de Fashion Designers da América.

O poder estava ainda nos olhos intimidadores e nos gestos corporais misteriosos a combinar com jogos de luzes e imagens naturalistas no telão. Isto foi mais na abertura, porque, ao longo da apresentação, o engajamento com o público foi leve e dançante. Teve momentos de R&B, soul, hip-hop, tambor e pandeiro bem africanos (ou seriam brasileiros?). Brasil também é África.

Setlist do show da madrinha do soul

Pela ordem: The Healer; On & On; … & On; Love of My Life (An Ode to Hip Hop); My People; Time’s a Wastin; Sometimes; Appletree; Workinonit; Window Seat; Otherside of the Game; Them Changes; Umm Hmm;, Next Lifetime (com a introdução de “Bag Lady”); You Don’t Have to Cry e Tyrone.

Agenda de Erykah Badu no Brasil
  • 8 de novembro (sexta-feira): Festival Rock in the Mountain, em Petrópolis/RJ
  • 9 de novembro (sábado): Festival Afropunk, em Salvador/BA

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